A pesquisa, chamada O SER LIVRE surge a partir vontade de resignificar o sentido do voo, de pluralizar o encontro dos pássaros e seus movimentos, permitindo metaforizar com a vida.
Os movimentos, marcados por uma leveza, constituíam, para mim, uma expressão da nossa caminhada e das nossas travessias.
Segundo o psicólogo Rudolf Arnheim: “Não nos é possível perceber, nem compreender, nem agir, sem destrinchar zonas limitadas da continuidade do mundo”.
E na busca dessa continuidade, abre-se um portal de percepção para um universo, permitindo que o olhar para as imagens nos permita uma reflexão.
Uma página em branco. A escrita. Como descrever esse momento de contemplação e paciência? Pássaros sobre as árvores. Depois, o voo. Seria um refúgio? Uma pausa? Um dançar valsa na singeleza e leveza do ar? O tempo daquelas imagens se difere do tempo real. Uma metáfora da nossa vida.
O voo é aquele momento em que nos arremessamos em algo. Um convite à viagem. Pode ser um voo leve ou pesado. Escolhemos essa travessia e como será nosso voo. Podemos apreciar o caminho ou pensarmos apenas no fim, na chegada. Podemos ficar parados em um mundo em movimento.
Viver é voar. Amar é voar. Um voo fluido e ritmado. A liberdade de pensar, amar e de estar. De ir e voltar. O partir e o chegar. O voo é o arremesso do ser e não se voa de repente. Se aprende.