“As palavras evocam imagens e as imagens evocam palavras que podem falar de coisas totalmente diferentes” aponta Rod Slemmons.
Sempre gostei dos versos e rimas. Sempre gostei da poesia em si. Me arriscava, desde a adolescência, a fazer poesias.
Depois veio a fotografia e percebi que havia uma simbiose entre elas. Falavam de um tempo diferente, de um fragmento de tempo, mais um devir que uma realidade, como pontua Adolfo Navas.
A fotografia é um instante capturado. A poesia é a invenção de um tempo. São autossuficientes, por si só. São fortes em suas individualidades, mas, quando combinadas, proporcionam uma terceira imagem que transbordam o limite de cada uma. Uma conexão entre o que se vê e o que se sente. Um recorte que convoca a uma simbologia, a um sentido diferente do que se vê, uma fuga da literalidade das coisas.
No trabalho de Foto-Poesia, retorno ao meu ponto de origem, procurando um lugar. Uma tentativa de representar e apresentar o mundo, me descobrindo com a fotografia, me desfazendo através da poesia, convidando o leitor à imaginação e à fantasia.

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