Um indivíduo preso em uma cela, consciente de que seu tempo de permanência naquele lugar pode ser longo, sujeito a novas regras de convivência impostas pelo grupo, opta em externar, através de desenhos e frases, seus sentimentos.
Não se sabendo como vai escapar daquilo que ele considera como destino ou pena, usa a escrita como forma de desabafo, de falar de suas luzes e sombras, enquanto se encontra alijado da sociedade.
Privado de seus direitos e elos familiares e sociais, excluído de todas as atividades pelas quais se torna alguém, e que o faz tomar consciência de si mesmo, externa seus anseios nas paredes, uma forma de estar ou acessar uma outra realidade, uma fuga possível. Apesar de preso, sua alma permanece livre.
Somos convidados a imaginar cada cela, seus personagens, seus anseios e histórias. A linguagem como um signo, representando algo, uma forma de desabafo.